20 Tipos de PANCs Encontradas no Brasil

Oi, minha gente querida! Tudo certinho por aí?
Hoje o papo é sobre algo que nasce no mato, cresce sem ser plantado, e ainda assim é puro tesouro na cozinha: as PANCs, as famosas Plantas Alimentícias Não Convencionais. Você já ouviu falar delas? Leia e baixe a cartilha sobre os 20 tipos de pancs mais comuns no Brasil.

O que são PANCs?

PANCs são plantas com partes comestíveis (folhas, flores, frutos, raízes), que nascem espontaneamente e não fazem parte da nossa alimentação tradicional — muitas vezes vistas como “mato” ou “ervas daninhas”, mas cheias de sabor e nutrientes. O termo foi cunhado pelo biólogo Valdely Kinupp, e desde então virou referência no resgate da biodiversidade alimentar do Brasil.

Segundo a cartilha da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), existem cerca de 3 mil espécies alimentícias conhecidas no país, e 10% da flora nativa brasileira tem potencial alimentar.

Por que incluir PANCs na sua alimentação?

As PANCs são super nutritivas! Muitas vezes, elas têm mais ferro, fibras, proteínas ou vitaminas do que as hortaliças tradicionais. São adaptadas ao solo e ao clima da sua região, não precisam de agrotóxicos e ajudam a garantir mais soberania alimentar — ou seja, você pode plantar e colher sem depender da indústria ou do supermercado.

Além disso, são aliadas da agroecologia e da sustentabilidade. Um verdadeiro presente da natureza para quem quer comer bem e viver melhor.

Lista das 20 PANCs do Brasil (segundo a cartilha da UFRGS)

Aqui estão as 20 PANCs selecionadas pela cartilha, com uma descrição rápida e sua região mais comum:

  1. Almeirão-do-campo (Hypochaeris chilensis)
    Rica em cálcio e zinco. Nativa do sul do Brasil, aparece em clareiras e terrenos baldios.
  2. Arumbeva (Opuntia monacantha)
    Fruto e palma com ação cicatrizante e antioxidante. Encontrada no sul e sudeste, em regiões secas.
  3. Begônia-do-brejo (Begonia cucullata)
    Azedinha e decorativa, cresce em brejos e áreas úmidas do Rio Grande do Sul.
  4. Beldroega (Portulaca oleracea)
    Suculenta rica em ômega-3. Comum em hortas e jardins pelo Brasil.
  5. Bertalha (Anredera cordifolia)
    Trepadeira de folhas em forma de coração, rica em ferro. Comum no sul do país.
  6. Buva (Conyza bonariensis)
    Usada como condimento e planta medicinal. Espontânea em terrenos baldios do sul.
  7. Capuchinha (Tropaeolum majus)
    Flores comestíveis e picantes. Vinda dos Andes, adaptada ao Brasil todo.
  8. Caruru (Amaranthus sp.)
    Folhas e sementes com alto valor nutritivo. Encontra-se em áreas de cultivo e jardins.
  9. Crepis (Youngia japonica)
    Folhas usadas em bolinhos e saladas. Aparece no inverno, em calçadas e hortas.
  10. Dente-de-leão (Taraxacum officinale)
    Rico em ferro e vitaminas. Espalhado por todo o Brasil, principalmente em solos ricos.
  11. Erva-gorda (Talinum patens)
    Folhas para saladas e refogados. Gosta de sombra e solo úmido. Nativa do Brasil.
  12. Inhame (Colocasia esculenta)
    Tubérculo versátil em sopas e bolos. Cultivado em várias regiões tropicais.
  13. Língua-de-vaca (Rumex obtusifolius)
    Folhas nutritivas e cicatrizantes. Cresce em áreas úmidas e de altitude.
  14. Mastruço (Coronopus didymus)
    Folhas picantes, usadas como tempero. Aparece nos canteiros no inverno.
  15. Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata)
    A “carne de pobre”, com até 25% de proteína. Nativa de várias regiões do Brasil.
  16. Picão-preto (Bidens pilosa)
    Antioxidante e analgésico. Muito comum em áreas degradadas pelo país.
  17. Serralha (Sonchus oleraceus)
    Muito usada em refogados. Cresce espontaneamente em campos e hortas.
  18. Taioba (Xanthosoma sagittifolium)
    Folhas e rizomas com alto valor nutritivo. Encontrada em áreas tropicais e úmidas.
  19. Tansagem (Plantago major)
    Folhas e sementes com ação medicinal. Espalhada em gramados e jardins.
  20. Urtigão-de-baraço (Urera aurantiaca)
    Folhas urticantes (devem ser escaldadas). Cresce em matas e capoeiras do sul e sudeste.

📘 Baixe gratuitamente a cartilha completa!

Quer aprender mais sobre cada uma dessas maravilhas da natureza? Acesse a cartilha completa produzida pelo Grupo Viveiros Comunitários (GVC) da UFRGS, com autoria de Marília Kelen, Iana Nouhuys, Lia Kehl, Paulo Brack e Débora da Silva.

👉 Clique aqui para baixar a cartilha PANCs da UFRGS (PDF)

Crédito: Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Instituto de Biociências, 2015.

Conclusão

As PANCs são um convite para repensarmos o que é comida de verdade. Elas resgatam saberes antigos, ampliam nosso paladar, reforçam nossa saúde e cuidam do planeta. São uma porta de entrada para a agroecologia, para a autonomia alimentar e para a diversidade nos pratos e nas roças.

Quer começar a experimentar? Dê uma volta no seu quintal, vá à feira agroecológica da sua cidade ou troque mudas com vizinhos. Comer bem nunca foi tão político, sustentável — e saboroso!

Recomendação de vídeo

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Conheça as PANCs e aprenda como cultivar


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